Rubem Alves já dizia:
“Se fosse ensinar a uma criança a beleza da
música não começaria com partituras, notas e
pautas. Ouviríamos juntas as melodias mais
gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos
que fazem a música. Aí, encantada com a
beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas
bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas
são apenas ferramentas para a produção da
beleza musical. A experiência da beleza tem
de vir antes”.
Quando eu era guria pequena lá na minha Bagé, e isso já faz algum tempo, tive os melhores professores, desde o Primário, o Ginásio e o Clássico até chegar à Faculdade de Direito.
Sempre a mesma turma, altamente musical, tanto que nossos profes nos davam 20 minutos antes de terminar as aulas para que tocássemos violão e cantássemos.
E como era bonito ver a gurizada reunida no pátio do colégio antes de começar as aulas, hastear a bandeira e cantar o Hino Brasileiro.
Aprendíamos o Hino à Bandeira, o Hino do Rio Grande do Sul, tínhamos aos sábados aulas de danças gaúchas, enfim… os tempos eram outros, e respeitosamente nos perfilávamos para entoar o Hino Nacional .
Acho que o colombiano Ricardo Vélez Rodrigues , Ministro da Educação, botou a carreta na frente dos bois e se posicionou maleixo uma barbaridade.
É válida a volta do nosso Hino na contracapa dos cadernos e na voz da gurizada, mas pára por aí,sem esses registros e bordões desnecessários!
Me parece que o Ministro tropeçou na raia e o cavalo perdeu por uma cabeça uma corrida que até vinha se desenvolvendo muito bem.
Inda bem que se penitenciou e o dito ficou pelo não dito. “Por una cabeza “quase que me caiu os butiá dos bolso” !