- Com informações do repórter Guilherme Kepler, da Rádio Guaíba
Centenas de servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realizam protesto na manhã desta terça-feira contra o Projeto de Lei Complementar (PLCE) 02/19 apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Jr na semana passada e que altera o plano de carreira da categoria. Em regime de urgência, a matéria está sendo votada pela Câmara de Vereadores. O grupo, em greve por tempo indeterminado, se reuniu em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), no bairro Bom Fim, de onde partiu em caminhada por volta das 9h30min. O trajeto passa pelas Avenidas Osvaldo Aranha, Sarmento Leite e Loureiro da Silva e segue até o local de discussão do projeto.
Os manifestantes seguem o caminho acompanhados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC,) que monitora a ação e realiza alterações no trânsito conforme o deslocamento. Nos locais, o fluxo de carros é intenso. Entre os primeiros reflexos da paralisação, a Secretaria da Saúde confirma que há mais de 40 pessoas esperando para primeiro atendimento no Posto de saúde da Bom Jesus. Segundo o órgão, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas não registra impacto nos atendimentos por conta da greve: são oito grevistas de um total de 700 profissionais.
Segundo o projeto, todas mudanças gerariam uma economia de R$ 16 milhões aos cofres públicos. Caso seja aprovado na íntegra, o texto implicará no corte de vantagens na prestação de serviços em regimes especiais de trabalho e na retirada do adicional por tempo de serviço para novos servidores e mudança nas regras para a incorporação dos valores recebidos por quem ocupa Funções Gratificadas. Dentro da proposta da prefeitura, os avanços, que hoje são de 5% a cada três anos trabalhados, passariam a ser de 3% a cada cinco anos. Em outro item, o adicional por tempo de serviço, que hoje é de 25% – sendo 15% quando o servidor completa 15 anos de serviço e 10% quando completa 25 anos de trabalho – seria extinto.