Odair Hellmann acha que o Inter está preparado para a disputa da Libertadores. Roberto Melo, o vice de futebol, diz o mesmo. Até o goleiro Marcelo Lomba deu declarações neste sentido. Particularmente, acendo o alerta. Discordo. Vejo o Inter bem longe de estar preparado.
Ao que tudo indica, o esquema tático será o 4-1-4-1, o mesmo do Brasileirão passado. Até aí, tudo bem. A questão é a estratégia adotada, a proposição de jogo ou reação aos movimentos do adversário, as ideias de time e, claro, a escalação.
Neste esquema, D’Alessandro e Nonato não jogam juntos. Ou um, ou outro. Vai o argentino para o banco ou o garoto, que teve duas boas atuações, amargará a reserva? Nico López será um extrema, mas e o outro? Pottker, Neilton ou até mesmo Patrick? Me parece que são perguntas ainda sem respostas.
O Inter vem de quatro vitórias seguidas, mas todas por placar magro – 1×0, 2×1, 2×1 e 1×0 – e sem convencer. O time encontra dificuldades mesmo diante de adversários bem mais frágeis. Na engrenagem do time, ainda há questões sem resposta, como a cobertura a Zeca, a composição do tripé, o extrema pela esquerda e até o centroavante – Tréllez começou mal e Pedro Lucas foi substituído por Rafael Sobis nas duas últimas partidas.
Ao contrário de Odair, da direção e de parte do elenco, eu não vejo o Inter preparado para a Libertadores.