A aviação agrícola brasileira entrou 2019 com 2.194 aeronaves, segundo estudo divulgado nessa quarta-feira (20.02), pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). O resultado significa um crescimento de 79 aeronaves em 2018, registrando alta de 3,74% durante o ano – mais do que o dobro dos 1,54% (32 aviões) que a frota havia crescido em 2017. Os números foram levantados junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pelo engenheiro agrônomo e consultor do Sindag Eduardo Cordeiro de Araújo.
O estudo abrangeu também o número de empresas aeroagrícolas, que passaram de 244 em 2017 para 253 em 2018 (aumento de 3,7%), e de operadores privados (agricultores ou cooperativas que têm suas próprias aeronaves), que eram 565 em 2017 e chegaram a 585 no ano passado (+ 3,5%). A divulgação do relatório ocorreu durante a 29º Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que ocorre até sexta-feira (22), em Capão do Leão, no Rio Grande do Sul.
DISTRIBUIÇÃO
Segundo o estudo, a frota aeroagrícola brasileira está dividida em 2.182 aviões e 12 helicópteros.
– 1.461 aeronaves (66,59%) estão com 253 empresas aeroagrícolas – operadores de Serviço Aéreo Especializado (SAE), que prestam serviços para produtores.
– 709 aeronaves (32,32%) são de 585 operadores privados – Serviço Aéreo Privado (TPP), que são produtores ou cooperativas com suas próprias aeronaves
– As 24 aeronaves restantes na conta são de governos ou autarquias federais ou estaduais, além de protótipo e aeronaves de instrução. Por exemplo, aviões pertencentes a corpos de bombeiros (combate a incêndios), os usados pela Academia da Força Aérea e aparelhos das seis escolas de formação pilotos agrícolas do país.
ESTADOS
Entre os 23 estados com aviação agrícola, os que tiveram maior crescimento de frota foram o Mato Grosso, que recebeu 30 aviões em 2018, Mato Grosso do Sul, com mais 11 aeronaves; Goiás, com mais 10, e o Pará, com mais oito. Além do Maranhã, que teve um acréscimo de seis aeronaves.
No ranking estadual, o Mato Grosso segue na ponta, com 494 aviões. O Estado também tem o maior número de operadores privados (TPP): 233, contra 31 empresas aeroagrícolas (SAE).
Em segundo está o Rio Grande do Sul, que conta com 427 aviões – apesar de ter mantido em 2018 a mesma frota do ano anterior. Os gaúchos têm ainda o maior número de empresas aeroagrícolas: 72, além de 42 operadores privados.
São Paulo aparece em terceiro em frota de aviões e helicópteros, com 317 aeronaves (três a mais que no ano anterior). O Estado é o segundo em empresas, com 45, e tem 41 operadores privados.
Já Goiás é o quarto no ranking dos Estados, com 287 aeronaves. Frota dividida entre 28 empresas e 59 operadores privados.
MUNDO
O Brasil segue com a segunda maior força aérea agrícola do planeta, atrás apenas dos norte-americanos, que possuem cerca de 3,6 mil aeronaves (85% aviões e 15% helicópteros), segundo a Associação nacional de Aviação Agrícola dos Estados Unidos (NAAA), a sigla em inglês. O País está à frente ainda de potências como o México (2 mil aeronaves), Argentina (1,2 mil aeronaves), Nova Zelândia e Austrália (300 aeronaves cada), entre outras.