Seis dos dez presos na Operação Fantoche já estão soltos

Foto: José Cruz / Agência Brasil / CP

Mais dois suspeitos de integrar a suposta organização criminosa acusada de fraudar convênios do Ministério do Turismo com entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sebrae, Senar, Sescoop, Sest, Senat) foram liberados pela Justiça Federal ontem (20) mesmo. Com isso, dos dez presos em caráter preventivo na manhã desta terça-feira, no âmbito da Operação Fantoche, apenas quatro seguiam detidos até o meio-dia de hoje (20).

O advogado e presidente do Instituto Origami, Hebron Costa Cruz, e a publicitária Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, ligada à agência Aliança Comunicação e Cultura, foram soltos no início da noite, após terem prestado depoimentos às autoridades responsáveis pela operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU).

Por determinação da 4ª Vara Federal de Pernambuco, também foram liberados, ontem à noite, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e os presidentes das federações das indústrias de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade; da Paraíba (Fiep), Francisco de Assis Benevides Gadelha, e de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger.

Como o processo segue em segredo de Justiça, a Agência Brasil não conseguiu confirmar, oficialmente, os nomes dos quatro investigados que continuam presos – dois deles também ligados à Aliança Comunicação e Cultura.

De acordo com a PF, os seis presos já liberados têm idades avançadas e problemas de saúde, tendo, inclusive, que tomar remédios. “Em razão disso, a autoridade policial do caso foi consultada e achou viável a soltura desde que eles não voltassem a exercer as suas funções e não houvesse comunicação entre os investigados”. A exceção é Lina Rosa, solta por ter um filho pequeno. No seu caso, “a Justiça seguiu às orientações da súmula do STF”.

Em nota, a Aliança Comunição e Cultura informou que todos os projetos culturais que promove passam por auditorias internas e externas, sem qualquer tipo de restrições quanto à qualidade e a entrega de todos os itens contratados. “Estamos nos empenhando ao máximo para esclarecer todos os questionamentos levantados pela PF. É do nosso maior interesse que tudo seja elucidado o mais rápido possível”, acrescenta a empresa, em nota em que afirma já ter oferecido espetáculos para mais de 10 milhões de brasileiros, em todos os estados da federação e no Distrito Federal, “sempre com acesso gratuito”.

O Instituto Origami se limitou a informar que está colaborando com todas as demandas das autoridades no sentido de esclarecer eventuais dúvidas sobre os projetos que realiza e que funciona como uma associação civil de direito privado, independente e sem fins lucrativos.