Em Brasília, Leite e outros governadores discutem reforma da Previdência com Guedes

Chefes de Executivos estaduais têm alertado sobre a falta de condição de governabilidade diante de saldos negativos assumidos de administrações anteriores

Governador Eduardo Leite (PSDB) | Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini / CP

A reforma da Previdência é uma das pautas do encontro do governador Eduardo Leite com outros chefes de executivos estaduais nesta quarta-feira. O Fórum de governadores acontece em Brasília. A expectativa é de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresente as especificidades do texto das alterações das regras de aposentadoria que começou a tramitar na Câmara a partir de hoje.

Pelas redes sociais, a secretária de Planejamento do RS, Leany Lemos, disse que o encontro de Guedes com os governadores é um importante alinhamento para a reforma da Previdência.

A decisão do governo federal de atender pleitos importantes apresentados pelos governadores em relação à reforma da Previdência pode contribuir para a aprovação do texto entregue nesta quarta-feira pelo Planalto ao Congresso. Ponto fundamental, do ponto de vista dos estados, era que a proposta fosse ampla e não se limitasse apenas à situação da União.

Diante de governadores reunidos em Brasília, no Centro Nacional de Convenções do Brasil, o ministro da Economia Paulo Guedes apresentou detalhes do projeto. Ao lado dele, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, avaliou que a aproximação com os estados pode ajudar no alinhamento em torno da reforma. “Precisamos ter todos os entes federados afinados com esse processo de uma nova Previdência que vai ajudar também estados e municípios no equacionamento do seu déficit fiscal”, disse.

Também no encontro, que reuniu os representantes de 27 estados, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, o ministro Onyx Lorenzzoni, chefe da Casa Civil do governo do presidente Jair Bolsonaro, esbanjou otimismo diante das sinalizações de governadores.

“Vão nos dar a condição de conseguir a vitória nos dois turnos da Câmara e nos dois turnos do Senado”, revelou. Onyx afirmou ainda que é a “primeira vez na história do Brasil, que se separa previdência de assistência” e destacou mudanças como a criação da alíquota extra para os trabalhadores que recebem salários maiores.