Agora é oficial. Gustavo Bebianno foi exonerado do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. O anúncio foi feito pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, no fim da tarde desta segunda-feira.
A exoneração de Bebianno já era esperada para esta segunda-feira, mas não foi publicada no Diário Oficial da União. No começo da tarde, o vice-presidente Hamilton Mourão já dizia que a exoneração de Bebianno não passaria de hoje.
No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro e auxiliares, como o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tiveram reuniões para encontrar uma forma “honrosa” de demitir Bebianno, o que também poderia ter sido feito ainda no fim de semana em edição extra do Diário Oficial, se o governo quisesse.
Nos últimos dias, políticos e militares tentaram interceder a favor de Bebianno, mas o presidente estava irredutível. A tendência é de que um militar seja nomeado para a pasta.
Ameças
O ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, disse nesta segunda-feira que está recebendo ameaças pelo WhatsApp. As ameaças teriam iniciado neste fim de semana, depois que o imbróglio envolvendo seu nome e o governo Bolsonaro se agravou. O ministro não deu mais detalhes sobre as ameaças. Mas falou a interlocutores que já identificou algumas pessoas e que vai tomar previdências.
Nesta segunda-feira, os filhos de Bolsonaro voltaram a atacar Bebianno nas redes sociais. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) divulgou um link de um texto que chama o ministro de “traidor” e “funcionário incompetente”. A crise atual foi gerada por vazamentos de áudios de WhatsApp por Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, e por Bebianno.