A carreira de Paulo Henrique Ganso é motivo de discussão no Brasil. Quando surgiu no Santos, há dez anos, tinha potencial para ser craque e marcar época na Seleção Brasileira e no futebol mundial. Claramente isto não aconteceu. Hoje aos 29 anos, Ganso volta da Europa sem conseguir destaque no Sevilla e sequer no modesto Amiens.
Mas uma coisa é o fracasso de Ganso em relação às expectativas criadas sobre ele, outra é sua capacidade real. Ganso mostrou-se insuficiente para atuar em alto nível na Europa, mas pode perfeitamente fazer a diferença jogando no Brasil. Como quase sempre fez, aliás.
NO BRASIL, GANSO É DIFERENTE
É óbvio que Ganso não atingiu o nível para atuar num Real Madrid ou num Manchester City, mas em solo tupiniquim o meia é diferenciado. Seu começo no Santos foi arrasador, interrompido apenas por uma grave lesão sofrida em agosto de 2010. Seu retorno, já em 2011, deixou a desejar, mas ainda assim protagonizou boas atuações até 2012, quando se transferiu para o São Paulo.
No Morumbi, chegou a ser testado até como volante pelo então técnico Muricy Ramalho, que via nele uma espécie de Pirlo no Brasil. Claro que foi um erro. Como meia, sua posição de origem, teve pequenos períodos de instabilidade intercalados com ótimos momentos. Sua média elevada o levou até o Sevilla, da Espanha.
NOVA VIDA NO FLUMINENSE
Agora no Fluminense, Ganso terá o desafio de encaixar seu estilo pouco intenso – e por vezes até sonolento – num time que pretende jogar em rotação alta sob o comando de Fernando Diniz. Entendo que a adaptação não será rápida, mas basta analisar a parceria e os adversários para perceber que Ganso é de outra turma. No nosso futebol brasileiro, é jogador de ponta.
Vejo que o Fluminense terá um considerável acréscimo no time.