O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado nesta quinta-feira pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), mostra que a atividade do setor evoluiu em 2018 dentro do esperado, ao crescer 2,6%. Com esse desempenho, a indústria acumulou 3% de alta nos últimos dois anos, quando deixou para trás três períodos consecutivos de recessão.
“Estamos no caminho para recuperar as perdas da crise”, avaliou o presidente da Fiergs. Gilberto Petry ressaltou, ainda assim, que atividade industrial segue 15,9% abaixo do nível de 2013.
Quatro das seis variáveis que compõem o IDI-RS subiram em 2018, com destaque para as compras industriais, com 10,1%; e o faturamento real, 2,7%. Já a massa salarial real caiu (-1,4%).
A recuperação da indústria gaúcha em 2018 não ocorreu de maneira uniforme. Nove dos 17 setores pesquisados apresentaram expansão, mas Veículos automotores, com 17,1% de elevação, respondeu sozinho por quase 60% dela. Destacaram-se também Metalurgia (12%), Máquinas e equipamentos (3,1%) Produtos de Metal (2,6%) e Borracha e plásticos (3,3%). Por outro lado, as quedas mais relevantes vieram de Têxteis (-8,8%), Vestuário e acessórios (-6,6%), Bebidas (-1,7%), Móveis (-0,8%) e Químicos e derivados de petróleo (-0,7%).
Para 2019, a Fiergs estima que a atividade industrial deva continuar subindo: 3,9% no cenário básico, mantendo-se em alta, novamente, em função do desempenho positivo do mercado interno. A menor incerteza com a economia do País eleva a confiança do empresário gaúcho e o baixo nível dos estoques também permite margem para crescimento. Em contrapartida, com a grave crise econômica argentina, as exportações gaúchas tendem a cair. O vizinho sul-americano é um dos principais compradores de produtos do Rio Grande do Sul.
