A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) firmou acordo com quatro sindicatos em torno das rescisões de 511 trabalhadores demitidos pela instituição. Pelo acerto, que agora precisa ser homologado pela Justiça do Trabalho, professores, técnicos-administrativos e radialistas que eram ligados à universidade receberão os valores em até 20 meses, a partir de 15 de março.
Mensalmente, cada um deles deve receber, no mínimo, R$ 2,5 mil, e no máximo, 80% do valor do salário vigente na data da rescisão. O acordo coletivo judicial também prevê a integralização do saldo credor do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), multa pelos atrasos de salário dos últimos meses, um salário de multa, conforme o artigo 477 da CLT, manutenção da participação da Ulbra no custeio do plano de saúde e do desconto nas mensalidades para os dependentes.
Em quatro assembleias diferentes, professores ligados ao Sinpro aprovaram hoje a proposta em Carazinho, Ijuí, Santa Maria e Porto Alegre. Foram 286 docentes desligados pela Ulbra no interior e região Metropolitana.
Já o Sintep/Vales, uma das entidades que representa os servidores técnicos-científicos, estima que as rescisões da categoria, que recebe salários menores que os professores, possa ser quitada entre cinco e sete meses. A Ulbra desligou, ao todo, 225 servidores não-docentes, incluindo parte da equipe da rádio da universidade.
Na semana passada, a mantenedora da Ulbra (Aelbra) informou que as demissões decorrem da redução gradativa do número de alunos com financiamento estudantil e do número de pagantes, especialmente na Educação à Distância.