A Polícia Federal (PF) pediu hoje à Justiça Federal em Minas Gerais mais 90 dias para encerrar o inquérito que apura quem são os responsáveis pelo financiamento da defesa de Adélio Bispo, autor do ataque contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado.
Em dezembro do ano passado, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em dois imóveis relacionados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos integrantes da defesa de Adélio. Zanone disse que vai manter sigilo profissional sobre o contratante.
Bolsonaro levou uma facada enquanto fazia campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro do ano passado. Adélio Bispo de Oliveira, autor confesso do ataque, segue detido no presídio federal em Campo Grande (MS).
No primeiro processo aberto pela Justiça, Adélio passou à condição de réu por atentado pessoal por inconformismo político.
Conforme denúncia feita pelo MPF e aceita pela Justiça, o acusado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições por meio do assassinato de um dos concorrentes na disputa presidencial.
De acordo com o procurador autor da denúncia, Adélio Bispo planejou o ataque com antecedência de modo a excluir Bolsonaro da disputa.
A defesa de Adélio sustenta que ele agiu sozinho e atribuiu o ataque a “uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um suposto problema mental.
