A Defesa Civil estadual identificou nesta segunda-feira a segunda vítima que morreu em função das chuvas e enxurradas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O óbito se registrou em Santana da Boa Vista, na região Sul. Luiz Paraguassu morreu ao tentar atravessar um pontilhão que passa sobre uma sanga. Ele teve o corpo encontrado pelo irmão, perto das 9h de hoje. Até então, a única morte havia se registrado em Alegrete, na quarta passada, quando Luiz Antônio Pereira Duarte teve a casa de madeira atingida por uma árvore. Uma segunda morte relatada em Alegrete não é contabilizada oficialmente, já que não há provas de que o afogamento da vítima tenha decorrido das cheias do rio Ibirapuitã.
No levantamento divulgado no fim da tarde, a Defesa Civil mostra que caiu de 5.075 para 4.983 o número de pessoas fora de casa, sendo 1.592 desabrigados, alocados em estruturas públicas, e 3.391 desalojados, em casas de amigos e parentes. A maioria reside em Alegrete, que soma 2.940 pessoas desalojadas e 1.369 pessoas desabrigadas, distribuídas entre o Ginásio Osvaldo Aranha e no Parque de Exposições. A cidade também segue sem distribuição de água potável, assim como São Gabriel, em função de redes submersas pela cheia.
Das 16 cidades que relataram prejuízos ou mortes, 11 decretaram situação de emergência: Bagé, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Manoel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, São Borja, São Francisco de Assis, São Gabriel e Uruguaiana.
O fim de semana ainda registrou pancadas de chuva nos municípios da fronteira-Oeste, mas o nível das águas começou a baixar. Em Alegrete, o Ibirapuitã mede 12,8m, depois de atingir o pico de 13,50m. Em Quaraí, o rio também recuou e mede menos de 10m. Em Dom Pedrito, o rio Santa Maria baixou nas últimas horas, medindo 5,70m. O mesmo ocorre em Uruguaiana, onde o rio Uruguai mede 8,24m.