Dar cada vez mais visibilidade à raça Angus e fomentar o maior programa de carne de qualidade do país, o Carne Angus Certificada, está entre as metas da nova gestão da Associação Brasileira de Angus, que passa a ser encabeçada por Nivaldo Dzyekanski no período 2019/2020. O pecuarista e empresário assume o cargo nesta sexta-feira (11) em cerimônia fechada que acontece às 14h, na sede da associação, em Porto Alegre (RS). Dzyekanski assume no lugar de José Roberto Pires Weber, à frente da associação nas últimas duas gestões (2015/2016 e (2017/2018).
O novo presidente inicia seu mandato com foco em aproximar mais o campo da indústria, estreitando relacionamento de técnicos com produtores da raça. “Essa relação resulta no melhoramento genético dos animais, qualifica ainda mais a carne e atrai consumidores para a Angus”, afirma. Em 2019, a associação vai ampliar o calendário de ações em todas as regiões do país, colocando em campo o corpo técnico para mostrar aos criadores os cuidados no manejo, as vantagens da criação e o retorno financeiro para quem investe tanto na produção de animais de argola como na produção de carne.
De acordo com Dzyekanski, o roteiro de Norte a Sul do Brasil contempla iniciativas como o Circuito Touro Angus Registrado, iniciativa que ao longo de 2018 passou por diversas cidades brasileiras, na qual técnicos da associação abordaram aspectos da genética Angus e suas vantagens para alcançar o máximo de rentabilidade na produção. “Vamos percorrer novos estados e regiões para mostrar a importância da análise correta dos reprodutores de acordo com cada sistema de produção e com os objetivos de cada propriedade”, salientou. O dirigente pretende também fomentar as giras técnicas, eventos cujo formato possibilita levar conhecimento a diversas propriedades. Pelo lado do consumidor, a associação também quer intensificar as churrascadas, que têm a carne Angus como protagonista.
José Roberto Pires Weber ressaltou que a raça Angus é sucesso consolidado na pecuária nacional, sendo a mais utilizada em cruzamentos em todo o país, com mais de 4 milhões de doses de sêmen vendidas. “A qualidade do nosso programa de carne decorre de vários fatores, mas o primordial é a manutenção de regras fixas, pois não abrimos mão da qualidade”, salientou Weber, referindo à crise econômica que também repercutiu sobre o setor. Segundo Weber, mesmo em meio a turbulências, o programa registrou aumento de 18% no volume de carne produzida com o mesmo número de animais entregues aos frigoríficos. “Isso significa que houve um melhor aproveitamento de carcaça e um maior cuidado em todo o processo”, afirma Weber, que ressalta o aumento do corpo técnico de 16 para 27 inspetores em função da forte demanda de mercado. “Encerramos nossa gestão entregando uma associação enxuta e com uma situação financeira estável. Temos certeza que a diretoria que chega fará muito mais em favor da raça”, pontuou.