A Polícia Civil de Goiás indiciou hoje o médium João de Deus e a esposa, Ana Keyla Teixeira, pelo crime de porte ilegal de arma. A investigação, finalizada nesta quinta-feira, se baseou em buscas e apreensões realizadas na residência do médium nas cidades goianas de Abadiânia e Anápolis após o surgimento das primeiras denúncias de assédio sexual.
De acordo com a delegada Karla Fernandes, responsável pelas investigações envolvendo João de Deus, em Goiânia, a Polícia também indiciou o médium por crime sexual, supostamente cometido em 2016, contra uma mulher que mora atualmente em São Paulo.
Karla informou, ainda, que outros três inquéritos em andamento serão arquivados por extinção de punibilidade, quando o acusado não pode mais ser punido porque a conduta prescreveu.
O médium está preso desde 16 de dezembro sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crime que pode ter sido praticado contra centenas de mulheres. O Ministério Público de Goiás, que formou uma força-tarefa para cuidar do caso, recebeu mais de 330 denúncias de abuso sexual contra João de Deus de diversos estados brasileiros e do Distrito Federal.
Ontem, a juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, da Justiça de Abadiânia (GO), aceitou a primeira denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o médium pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual.
