O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pediu ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) uma cópia integral da investigação sobre as movimentações financeiras de funcionários do gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). As suspeitas foram levantadas em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que era ligado ao Ministério da Fazenda e que hoje pertence à pasta da Justiça.
Na última terça, parentes de Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista de Flávio Bolsonaro, não compareceram ao MPRJ para prestar depoimento. Eles alegaram a necessidade de acompanhar Queiroz em São Paulo, onde o ex-assessor se trata de um câncer e se recupera de uma cirurgia. De acordo com o Coaf, ele movimentou R$ 1,2 milhão em um conta bancária, volume incompatível com o salário que recebia.
O pedido de Flávio Bolsonaro é confirmado pelo MPRJ. Em nota, o órgão informou que o senador eleito vai definir local e data “para prestar os devidos esclarecimentos que porventura forem necessários”.
Nas redes sociais, ele disse que recebeu o convite na última segunda-feira e que precisa ter acesso aos autos para, só então, se manifestar. Segundo o parlamentar, essa é a razão de não ter atendido à solicitação para comparecer, hoje, à sede do MPRJ.
“Como não sou investigado, ainda não tive acesso aos autos, já que fui notificado do convite do MPRJ apenas no dia 7 de janeiro, às 12h19. No intuito de melhor ajudar a esclarecer os fatos, pedi agora uma cópia do mesmo para que eu tome ciência de seu inteiro teor”, afirmou Flávio Bolsonaro, no Facebook.
O deputado estadual afirmou que vai prestar esclarecimentos “para que não restem dúvidas” sobre a conduta dele. “Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública.”