O ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, Carlos Marun, rebateu as críticas sobre sua nomeação para o cargo de Conselheiro de Itaipu Binacional. Em entrevista à Rádio Guaíba, contestou o vice-presidente, General Mourão, que havia classificado como “prêmio” sua indicação para a vaga. “Se foi prêmio, é meritocracia. Deve-se premiar quem tem condições, currículo, mostrou serviço. O próprio Mourão foi premiado com a promoção para general. E, talvez, eu tenha, recebido esta vaga por mérito, pelo serviço que prestei ao país”, comentou.
“Eu tenho condições de ser um bom conselheiro. Estou extremamente habilitado e capacitado para exercer essa função e vou fazê-lo com o mesmo êxito com o qual exerci todas as funções”, argumentou. “Além disso, eu preciso trabalhar, não tenho aposentadoria precoce e esse é um trabalho realmente que me interessa; prestar serviço até 2020 nessa empresa”, disse o ex-ministro.
Marun explicou que, para o cargo, abriu mão de ser deputado e que, “dada a importância que Itaipu tem hoje para o Mato Grosso do Sul, é importante que o Estado participe da administração”. “Eu procurei Temer e disse que eu tinha interesse na vaga quando ela surgiu, não foi criada nenhum cargo para mim”, disse. Uma das críticas principaism é que o ex-ministro terá salário de R$ 27 mil para um trabalho que requer reuniões específicas a cada dois meses.
“Conheci a governança de Itaipu ainda como estagiário. Quem a conhece como eu sabe que não é uma reunião a cada dois meses. Apenas as reuniões ordinárias acontecem nesse período. Para quem quiser fazer nada, o conselho é realmente um bom lugar. Agora, para quem quiser fazer um bom trabalho, é preciso ter conhecimento e responsabilidade”, analisou.
Na reunião ministerial de quinta-feira, o vice-presidente Mourão defendeu que a nomeação de Marun fosse revista. Contudo, o ex-ministro não teme uma reviravolta. “Quando eu tinha 16 anos, meu pai me mostrou um dicionário para eu ver o que era a palavra medo. Então, eu não tenho medo”, finalizou.