Mônica Leal é a quarta mulher a presidir a Câmara de Porto Alegre em 245 anos

Progressista ressaltou a defesa da autonomia do Poder Legislativo e adiantou que vai colocar em pauta o cercamento de parques

Foto: Divulgação/CMPA

Pela quarta vez em 245 anos de história, uma mulher vai presidir a Câmara Municipal de Porto Alegre. Na tarde desta quinta, a vereadora Mônica Leal (PP) tomou posse para um mandato de um ano, até o fim de 2019. Antes dela, haviam comandado a Casa as vereadoras Margarete Moraes (PT), em 2004, Maria Celeste (PT), em 2007, e Sofia Cavedon (PT), em 2011.

Respeitando o rodízio estabelecido entre as maiores bancadas, Mônica Leal (PP) sucedeu Valter Nagelstein (MDB). Em 2020, é a vez do decano Reginaldo Pujol (DEM) ficar à frente da Câmara. No início da atual legislatura, Cassio Trogildo (PTB) presidiu o Legislativo.

Formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política, Mônica elencou como prioridade manter a autonomia do Parlamento em Porto Alegre. Dentre as bandeiras da presidente recém-empossada, estão as discussões sobre o cercamento de parques na cidade e a retomada da presença de guardas municipais na rede escolar de Porto Alegre.

Sobre a possibilidade de fechar as praças públicas, a vereador adiantou que uma conversa direta com a comunidade precisa ser feita antes das discussões. “O que era bonito no passado, não dá mais. Estamos vivendo uma violência crescente, mesmo na Redenção. Isso é necessário. Os maiores parques do mundo estão gradeados, com hora para fechar e para abrir”, lembrou. A presidente esclarece que não é uma privatização, mas sim uma espécie de zeladoria. “É uma forma de cuidar dos parques para que famílias, as pessoas usem, não os bandidos e drogados, para cometer crimes”.

Mônica reforçou a importância da presença feminina na política nacional, que para ela ainda carece de representantes em todas as esferas de poder. “É inacreditável. Em 245 anos, eu sou a quarta mulher, sendo a primeira de um partido de direita a presidir a Câmara. Eu acho que a política é uma área muito difícil para as mulheres, por uma série de questões. Uma mulher, para sair de casa e fazer campanha, não é uma coisa fácil… Ela precisa ter um apoio familiar muito grande, deixar os filhos pequenos para trabalhar. Por isso, eu defendo tanto a educação de base… E, na política, não é diferente”, defende.

Ao fim do evento, a presidente convocou os vereadores para a primeira sessão ordinária de 2019, marcada para as 14h de 4 de fevereiro.