Na véspera da posse, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, prepara o discurso para amanhã. Ele deve falar em dois momentos distintos – primeiro, no Congresso Nacional, durante a solenidade de posse, e depois, no parlatório no Palácio do Planalto. O discurso do parlatório é tradicionalmente um pronunciamento mais curto.
A informação é do irmão de Bolsonaro, Renato, que está hospedado na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília, com parentes, desde ontem.
“Ele está preparando seu discurso. Nós não interferimos. É um ambiente familiar”, afirmou Renato hoje, ao deixar a área de segurança da residência para cumprimentar simpatizantes, aglomerados desde cedo no local.
Renato, que veio de Miracatu (SP), afirmou que todos os familiares estão na casa, inclusive, a mãe de Bolsonaro, Olinda, de 91 anos. A família do presidente eleito é de Eldorado e da região do Vale da Ribeira.
“Toda minha família está lá. Está normal. É um ambiente familiar como na casa de vocês. Não falamos nada de política”, afirmou.
A família deve passar a virada do ano no local. Bolsonaro não marcou compromissos oficiais e deve aproveitar o dia de hoje para descansar e se preparar para as cerimônias de amanhã, que devem começar às 14h e terminar só depois das 21h.
Presidente eleito recebe chefes de Estado entre amanhã e terça
Hoje, o Ministério das Relações Exteriores informou que as reuniões do presidente eleito com algumas das autoridades estrangeiras confirmadas para a cerimônia de posse deverão ocorrer amanhã e na próxima terça-feira. Os encontros do segundo dia de agenda contarão com a presença do futuro ministro da pasta, Ernesto Araújo.
Entre os compromissos já divulgados, está uma reunião, ainda sem data marcada, de Bolsonaro com o secretário de Estado norte-americano, Michael Pompeo. Conforme adiantou a embaixada dos Estados Unidos, comporão a pauta temas comuns aos dois países, como a situação política da Venezuela, Nicarágua e Cuba.
Por meio da assessoria de imprensa, o Itamaraty também comunicou à Agência Brasil que comparecerão à solenidade 11 chefes de Estado, 11 chanceleres, 18 enviados especiais e três diretores de organismos internacionais, que não tiveram os nomes divulgados um a um. As presenças já anunciadas são de presidentes de países vizinhos, como Maurício Macri (Argentina), Sebastián Piñera (Chile), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Tabaré Vázquez (Uruguai), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Marín Vizcarra (Peru).
Também desembarcam na capital federal o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que permanece no Rio de Janeiro até o Réveillon; o vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular (Parlamento chinês), Ji Bingxuan, representante da China; e o chanceler da Argentina, Jorge Faurie. Pela Rússia, o presidente da Duma, Câmara dos Deputados, Vyacheslav Volodin, chefia a delegação em nome do presidente Vladimir Putin.
A expectativa do governo é de que 60 delegações estrangeiras participem da posse. A lista de convidados para a cerimônia é de 140 pessoas.