A juíza federal do Paraná Gabriela Hardt liberou à ex-presidente Dilma Rousseff acesso ao inquérito-mãe da Operação Lava Jato. O procedimento deu origem à investigação, em Curitiba, que teve a primeira fase deflagrada em 14 de março de 2014. A defesa da ex-chefe de Estado havia solicitado “acesso a todo conteúdo” do inquérito, por ter sido alvo da delação premiada do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Em manifestação, o Ministério Público Federal se mostrou contrário à liberação dos autos, alegando que a defesa se baseou “exclusivamente em informações publicadas na imprensa” e que é preciso “preservar a eficácia de eventuais investigações ou diligências em curso”. Ao decidir, Gabriela Hardt afirmou que não via de que maneira o acesso aos autos pode prejudicar investigações sigilosas e lembrou que o acesso pela defesa ao inquérito-mãe não permite conhecer detalhes sobre investigações sigilosas e acordos de colaboração ou leniência.
A juíza lembra que, Dilma, como ex-presidente do Brasil, realizou a indicação política de investigados e condenados no âmbito da Operação Lava Jato, como Aldemir Bendine, Antônio Palocci e Guido Mantega.