Seapi emite nota sobre abate de 300 cervos do Pampas Safari

Animais foram abatidos em sigilo entre novembro e dezembro deste ano

Foto: Alina Souza / CP

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) emitiu nesta manhã nota explicativa sobre o abatimento de 300 cervos do Pampas Safari, em Gravataí, na região Metropolitana. A operação, iniciada em 30 de novembro, terminou em 12 de dezembro. Os animais foram mortos por suspeita de tuberculose bovina, descoberta ainda em 2017.

No texto explicativo, a Seapi afirmou estar “seguindo sua metodologia de agir com total transparência e sem nenhum tipo de sigilo nos procedimentos adotados”, e que por tal motivo informava que havia recomendado o “abate sanitário” dos cervos ainda em agosto de 2017 em virtude da doença. O informativo aponta, ainda, que “em caso de ocorrência de tuberculose, a recomendação técnica é para que o abate sanitário seja efetuado visando a eliminação do foco e evitando o risco de contágio para outras espécies, inclusive seres humanos.

A Seapi afirma ainda que o abate foi realizado dentro dos procedimentos “normais de inspeção e de bem estar animal”, e que apenas emitiu o laudo sanitário e as Guias de Trânsito Animal (GTA) após a queda de liminares judiciais que impediam o procedimento de abate.

Relembre

Em agosto de 2017, o Ministério Público em Gravataí instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no Pampas Safari e a determinação do Ibama para abate de centenas de cervos exóticos, devido ao surto de tuberculose. O órgão federal sustenta que a eutanásia era necessária porque a doença representa riscos para os demais animais do local e também para seres humanos.

O Pampas Safari soma uma área de 300 hectares, no km 11 da ERS-020, entre Gravataí e Cachoeirinha. O complexo, que chegou a ter mais de 2 mil animais, fechou para visitações desde novembro do ano passado por determinação do Ministério Público Federal.