A presidente do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp), Michele Aparecida Câmara Rosin, deixou a prisão na terça-feira passada. Detida preventivamente, ela havia protocolado um pedido de habeas corpus, concedido no início da semana.
A defesa de Michele alegou que ela deve cumprir prisão domiciliar por ter filhos pequenos, o que já é reconhecido pelo STF. Michele viajou para São Paulo, onde mora com a família, nessa quarta-feira.
O juiz de primeira instância aceitou o habeas, mas determinou uma fiança de R$ 2 milhões. O advogado de Michele Aparecida, Ricardo Breier, recorreu da decisão e obteve uma redução da fiança, que passou para R$ 20 mil. Para o advogado, que também preside a OAB gaúcha, as investigações sobre o Gamp devem ser feitas pelo Ministério Público Federal ou pela Polícia Federal por envolverem verbas da União.
Hoje, o Ministério Público divulgou que a Promotoria de Justiça de Canoas e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceram denúncia à 4ª Vara Criminal do município contra oito pessoas pelo caso de fraudes no Gamp. A organização respondia pela gestão dos hospitais Universitário e Pronto Socorro, de duas UPAs e quatro centros de atenção psicossocial de Canoas, de 2016, até o início deste mês. Por decisão judicial, a Prefeitura assumiu a gestão das estruturas de saúde.