O ex-governador do Espírito Santo Gerson Camata (MDB), de 77 anos, morreu assassinado com pelo menos um tiro, na tarde desta quarta-feira, na Praia do Canto, em Vitória. A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo informou que um suspeito do crime está preso e presta esclarecimentos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, informou a Secretaria de Segurança Pública.
Formado em economia, Gerson Camata se destacou a partir de um programa de televisão, no Espírito Santo, nos anos de 1960. A partir daí, foi para a política, sendo eleito governador, senador e deputado federal.
Na Constituinte, Camata defendeu a limitação do direito de propriedade privada, o mandado de segurança coletivo, a jornada semanal de 40 horas, o aviso prévio proporcional, a unicidade sindical, o voto aos 16 anos, o presidencialismo, a limitação dos juros reais em 12% ao ano, o mandato de cinco anos para presidente e a criação de um fundo de apoio à reforma agrária.
Como parlamentar da Constituinte, ele se absteve das votações relativas ao turno ininterrupto de seis horas e à anistia aos micro e pequenos empresários.
Era casado com Rita Camata, ex-deputada federal por cinco mandatos, que relatou o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Responsabilidade Fiscal. O ex-governador deixa dois filhos.