Em última sessão do ano, CNJ examina volta do auxílio-moradia com restrições

Tendência é que a proposta, que teve o texto costurado pelo presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, seja aprovada

Toffoli é eleito para vaga de ministro substituto do TSE | Foto: Nelson Jr./ SCO / STF

Está na pauta da última sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) do ano, marcada para amanhã, às 14h, a regulamentação de um novo auxílio-moradia para juízes, após o benefício ter sido extinto em novembro deste ano.

De acordo com a proposta que deve ser votada pelos conselheiros, o novo auxílio-moradia deve ter como teto o valor de R$ 4.377,73, que era o que já vinha sendo pago anteriormente. A diferença é que estão previstas restrições para a concessão do benefício, como a necessidade de comprovação do gasto efetivamente com aluguel.

Outra restrição é que o benefício só deve ser concedido ao magistrado designado para atuar em localidade diferente daquela para qual prestou concurso, e somente se um imóvel funcional não esteja disponível. Também não recebe o benefício aquele juiz que possua imóvel próprio onde trabalha.

A tendência é que a proposta, que teve o texto costurado pelo presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, seja aprovada pelos conselheiros. Não há uma estimativa de quantos magistrados podem vir a receber o novo auxílio-moradia.

O adicional vinha sendo pago a todos os magistrados e membros do Ministério Público brasileiros desde setembro de 2014, por força de uma liminar concedida pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 26 de novembro, Fux revogou a própria liminar, ressalvando, porém, que cabe ao CNJ regulamentar a questão, abrindo caminho para o retorno do benefício. A decisão se deu no mesmo dia em que o presidente Michel Temer sancionou o reajuste de 16,38% no salário dos ministros do STF, que serve de referência para toda a magistratura.

A tendência é que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também aprove uma regulamentação do auxílio-moradia nos moldes do CNJ.