O presidente Michel Temer definiu hoje, durante reunião com o governador eleito de Roraima e interventor no estado, Antonio Denarium (PSL), a liberação de cerca de R$ 200 milhões. O dinheiro vai ser usado para pagamento dos salários dos servidores, atrasados desde outubro. A intervenção federal em Roraima vai até o dia 31. Para o governador eleito, o estado vive um caos econômico e social.
“Negociamos e acertamos valores a serem repassados para o governo do estado de Roraima para acabar com o caos social que estamos vivendo hoje”, disse Denarium. Segundo o interventor, até ontem, havia greve em todos os setores.
Em Brasília, hoje, Denarium pretendia ainda se reunir com o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, para fechar os detalhes do repasse de recursos, e também com o ex-juiz Sergio Moro, que vai assumir o Ministério da Justiça.
Denarium pediu ajuda do governo federal para outros setores, como saúde e educação. No total, segundo ele, eram necessários R$ 500 milhões.
“Solicitamos que esse valor fosse ampliado pelo governo federal para que a gente possa quitar as dívidas e as contas mais emergentes, como merenda escolar, transporte escolar e medicamentos”, disse Denarium.
Conforme Denarium, Roraima registra uma dívida corrente em atraso de cerca de R$ 2 bilhões. “Em que pese toda a justeza do que pede o nosso interventor, nós temos impedimentos orçamentários [para liberar um valor maior]”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que participou da reunião, no Palácio do Planalto, com Temer e Denarium.
Orçamento
Segundo Padilha, o Orçamento da União está fechado, e o governo conta com pouca margem de manobra. Temer deve mandar ao Congresso uma medida provisória remanejando a verba. Não vai haver repasse para o estado e sim uma ação direta do governo federal, como parte da intervenção, explicou Padilha.
