Vendas do varejo gaúcho crescem 6,3% em 2018

FCDL projeta cenário melhor para o ano que vem

Em coletiva de imprensa, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) reconheceu, hoje, que o setor enfrentou dificuldades para trabalhar e empreender em 2018, mesmo que a recessão tenha passado. O presidente da entidade, Vitor Koch, salientou, porém, que as perspectivas são melhores para 2019.

No varejo, 2018 registrou crescimento de 6,3% nas vendas, contabilizando também os setores de veículos e material de construção. De acordo com Koch, “fatores como a greve dos caminhoneiros, em maio e junho, e as incertezas eleitorais acabaram por minar uma maior confiança do consumidor”. Com isso, os gaúchos não conseguiram, ainda, recuperar o nível de consumo verificado em 2014.

O dirigente ressaltou o crescimento, em 2018, das vendas de bens duráveis, como veículos, equipamentos eletroeletrônicos e vestuário. Para 2019, o setor espera a recuperação do preço internacional das commodities exportadas, especialmente soja e proteína animal, além da previsão de aumento de safra (produtividade), compensando o aumento de custos de insumos para plantio. Esses fatores, conforme a FCDL, repercutem de forma positiva na economia gaúcha e, consequentemente, nas vendas do varejo.

Mesmo com os avanços de gestão financeira, a Federação considera que a situação das finanças públicas estaduais é preocupante, fazendo com que o investimento do governo estadual deva ser, ainda, muito reduzido no ano que vem. A entidade defende uma política mais agressiva para atrair investimentos estratégicos, além de buscar o equacionamento definitivo da questão da substituição tributária e do imposto de fronteira, além do apoio a berçários empresariais e incentivo a talentos criadores.

Em relação ao crescimento do PIB gaúcho para 2019, a FCDL-RS projeta três cenários: um pessimista, apontando crescimento de 2,1%; um realista, de 3,7%, e um otimista, de 6%. Em qualquer um deles, porém, a Federação projeta que ao fim do ano, o Rio Grande do Sul ainda esteja “devendo para a recessão”, especialmente no setor industrial.