Prefeitura da Capital relata dificuldade em alugar imóveis para moradores de rua 

Executivo alterou nome de programa social na tentativa de escapar de preconceito

Foto: Alina Souza

O programa Moradia Primeiro encontra dificuldades em locar imóveis destinados à população de moradores de rua em Porto Alegre. Mesmo com a verba garantida para a iniciativa pelo governo federal, no valor de R$ 1,8 milhão, sendo R$ 18 mil de contrapartida da Prefeitura, o município não consegue locais para alugar.

O alerta é do prefeito em exercício de Porto Alegre, Gustavo Paim, e do secretário de Comunicação Social, Orestes de Andrade Jr. Ambos visitaram o Correio do Povo, nesta quarta-feira. Eles foram recebidos pelo diretor-presidente do CP, Sidney Costa, e pelo diretor da Rádio Guaíba, Claudinei Girotti. “Com tantas placas de aluga-se pela cidade, é inaceitável que não existam interessados. Diante desse cenário, é preciso reforçar a ideia do programa e os benefícios para todos os envolvidos”, destacou.

O prefeito em exercício afirmou que até o momento 30 pessoas foram acolhidas no programa. “Temos capacidade para que mais moradores possam alugar imóveis na Capital. No entanto, estamos esbarrando no preconceito contra essas pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social”, comentou Paim.

Fasc estima 2 mil pessoas nas ruas da cidade

A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) estima que aproximadamente 2 mil pessoas vivam nas ruas da cidade. Em função da dificuldade, a prefeitura firmou parceria com a Associação Riograndense de Propaganda (ARP), que desenvolveu uma campanha de mídia que resultou na troca do nome do programa Moradia Primeiro para Aluguel Solidário.

Paim ressaltou que o nome para a ação é muito importante, já que precisa ser claro, objetivo e dizer diretamente do que se trata, evitando interpretações equivocadas e induzindo a confusões. “A ideia é mostrar o benefício monetário para quem vai alugar, e a preocupação com quem vive em situação de risco nas ruas”, explicou.