Polícia Civil apreende documentos de fraude envolvendo passagens aéreas

Ação cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Dom Feliciano e Camaquã,

Alvos foram duas agências de turismo e a residência do proprietário delas | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

A Polícia Civil apreendeu nesta quinta-feira diversos documentos de fraude envolvendo passagens aéreas, em uma ação da Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor (Decon), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os policiais civis cumpriram três mandados de busca e apreensão nas cidades de Dom Feliciano e Camaquã, e os alvos foram duas agências de turismo e a residência do proprietário delas – um empresário de 36 anos, suspeito de vários crimes de estelionato. A ação ainda contou com o apoio da Delegacia de Polícia de Dom Feliciano.

De acordo com o titular da Decon, delegado Rafael Liedtke, os crimes de estelionato praticados pelo homem lesaram, aproximadamente, dez vítimas, na sua maioria idosas (uma delas tem 88 anos). Conforme as investigações, a fraude consistia em prometer passagens aéreas mais baratas do que as encontradas em outras agências, obtendo, com isso, vantagem econômica. Em um dos casos, o suspeito foi até a sede de uma igreja, em Porto Alegre, onde firmou contrato com 22 pessoas, que viajariam parta Israel e Itália.

No contrato, ele se comprometeu a fornecer passagens aéreas, hospedagens completas, guia, custeio com alimentação e passeios. No dia da viagem, já no aeroporto, as vítimas foram surpreendidas com a inexistência de algumas das passagens aéreas. O preço que elas pagaram ultrapassa o montante de R$ 250 mil – cerca de R$ 12 mil por pessoa.

Já na viagem, seria uma peregrinação religiosa aos pontos turísticos dos dois países, outros prejuízos foram sentidos, como a falta de passeios, a ausência de hospedagem nas cidades estrangeiras e o número inferior na emissão de passagens nas conexões feitas em países no Exterior. O investigado deve ser indiciado pela prática de diversos crimes de estelionato, cuja pena máxima é de até 5 anos de reclusão.