O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, pediu hoje que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tome providências sobre o caso envolvendo o ministro Ricardo Lewandowski e um advogado durante um voo entre São Paulo e Brasília.
Em um comunicado enviado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Toffoli ainda informou ter feito o mesmo pedido ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. No texto do ofício, o presidente cita “ofensas dirigidas ao Supremo”.
Hoje, as associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), dos Magistrados Brasileiros (AMB), dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis-DF), do Ministério Público Militar (ANMPM) e dos Juízes Federais (Ajufe) divulgaram nota em apoio a Lewandowski e em repúdio ao advogado.
O caso envolveu Cristiano Caiado de Acioli, de 39 anos. Na manhã de ontem, conforme vídeo divulgado na internet, Acioli, que ocupou uma vaga próxima à do ministro, na primeira fila do avião, chamou por Lewandowski e disse: “Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando vejo vocês”.
Incomodado, o ministro pergunta ao passageiro: “vem cá, você quer ser preso?”. Em seguida, Lewandowski manda chamar a Polícia Federal. O advogado retruca: “Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então”.
Um agente da PF chegou a ir até a aeronave, mas após o advogado se comprometer a manter a calma, o voo seguiu o curso. Ao pousar em Brasília, entretanto, o advogado foi abordado por policiais federais próximo à esteira de bagagens e encaminhado a prestar depoimento.