Pagar benefícios aos servidores é uma economia para o Estado, diz presidente do TCE

Conselheiro Iradir Pietroski disse que não considera ilegal receber R$ 4,3 mil mensais de auxílio-moradia mesmo tendo dois apartamentos em Porto Alegre

Iradir Pietroski | Foto: Alina Souza

O Presidente do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS), Conselheiro Iradir Pietroski, disse que não considera ilegal receber R$ 4,3 mil de auxílio-moradia mesmo tendo dois apartamentos em Porto Alegre, onde fica a sede do TCE. Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira ao programa Bom Dia, da Rádio Guaíba, Pietroski afirmou que os benefícios pagos aos conselheiros são uma economia para o Estado.

“Esse incentivo faz com que as pessoas deixem de se aposentar e isso é uma economia para o Estado. Então, tem que entender os dois lados da moeda. Imagina se hoje se aposentasse todos os magistrados que têm direito à aposentadoria. Quanto é que o Estado iria gastar mais? O Estado teria que pagar um salário novo para outra pessoa”, explicou o presidente do Tribunal.

Segundo Pietroski, atualmente são 16 servidores do TCE que recebem o auxílio-moradia: cinco conselheiros, sete conselheiros substitutos e quatro procuradores do Ministério Público de Contas (MPC). Dos sete conselheiros que compõe o Pleno do TCE, apenas dois não recebem o benefício: Estilac Xavier e Cezar Miola.

De acordo com o Portal da Transparência do TCE, cada um dos conselheiros, conselheiros substitutos e procuradores do MPC recebe salário mensal de R$ 33,7 mil.

Na entrevista, Pietroski falou ainda do atraso dos salários dos servidores vinculados ao Poder Executivo e da polêmica envolvendo o albergue que ele mantinha em Porto Alegre para pessoas que vinham do interior do Estado em busca de tratamento médico.

Ouça na íntegra a entrevista de Iradir Pietroski: