A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) informou na manhã desta terça-feira, que 1.307 profissionais cubanos deixaram o País desde sexta-feira, dia 23. Sete voos fretados partiram com os médicos rumo à ilha caribenha desde que o acordo de colaboração para o Mais Médicos foi rompido, por Cuba, numa reação às declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre o programa – e após o futuro presidente manifestar a intenção de reformular seus termos.
Com o fim da colaboração, 8,3 mil profissionais cubanos deixarão o Brasil. A expectativa é de que a operação esteja concluída até o dia 12 de dezembro.
Reposição no Mais Médicos
Nesta segunda, 224 brasileiros inscritos no novo edital do programa se apresentaram às cidades onde irão trabalhar, segundo o Ministério da Saúde. A estimativa é que 600 municípios do País poderiam ficar sem nenhum profissional se as vagas dos cubanos não forem preenchidas.
O edital aberto semana passada para repor 8.517 postos no Mais Médicos teve adesão maciça de brasileiros: 21.407 já foram efetivados e 8.278 escolheram os postos de trabalho. Com isso, 97,2% das vagas já foram preenchidas, segundo o ministério. Os 224 brasileiros encaminhados são os primeiros a substituírem os cubanos.
Os Estados que já receberam o maior número de médicos até agora foram São Paulo e Minas, com 42 cada um, seguidos por Espírito Santo (27) e Paraná (15).