Falta de vacina contra aftosa embasa pedido para prorrogar campanha

Vacinação prioriza bovinos e bubalinos de zero a 24 meses, que no Rio Grande do Sul representa um rebanho de 5 milhões

Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

O Ministério da Agricultura (Mapa) examina o pedido da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para prorrogação do prazo da segunda etapa de vacinação da febre aftosa no Rio Grande do Sul. O pedido da secretaria é de que o prazo, que se encerra na próxima sexta-feira, dia 30, seja estendido até 15 dezembro. A etapa visa imunizar bovinos e bubalinos de zero a 24 meses, que no Estado representa um rebanho de 5 milhões de exemplares.

A veterinária do Programa de Combate à Febre Aftosa da Seapi, Graziane Rigon, explica que a solicitação se deve ao fato de produtores de muitos municípios gaúchos terem relatado dificuldade em encontrar a vacina na rede credenciada. Com o entrave, faltando três dias para o fim do prazo, apenas 47% do rebanho alvo, de 2,17 milhões de cabeças, foram imunizados até o momento.

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) relata ter recebido a queixa de falta de vacinas de municípios das regiões Sul e Centro. Segundo Kaliton Prestes, da Fetag, os produtores dizem ter sido informados nas redes credenciadas que a lentidão na chegada do produto decorre do fato de a indústria já estar trabalhando na produção da vacina na dosagem em que vai ser aplicada a partir de 2019, com 2ml, e não com 5ml como praticado atualmente.