Dodge é favorável à aprovação com ressalvas das contas de Bolsonaro

Procuradora defende que irregularidades "perfazem percentual diminuto em relação ao montante arrecadado na campanha eleitoral”

Dodge está em Porto Alegre na manhã desta sexta para participar da reunião de trabalho das forças-tarefa das três instâncias do Ministério Público Federal que atuam na Lava Jato. Foto: Guilherme Almeida/CP

A procuradora-geral eleitoral, Raquel Dodge, apresentou parecer favorável à aprovação, com ressalvas, das contas da campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro. No parecer, a procuradora defende que “a contas devem ser aprovadas, porque as irregularidades não são graves e não comprometem a análise da regularidade das contas, pois perfazem percentual diminuto em relação ao montante arrecadado na campanha eleitoral”.

Segundo Dodge, nesse caso, devem ser aplicados “os postulados da proporcionalidade e da razoabilidade”. O julgamento da prestação de contas de Bolsonaro, no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está previsto para 4 de dezembro. A análise da movimentação financeira da campanha é etapa essencial para que a diplomação ocorra em 10 de dezembro.

Conforme o parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) do TSE, identificou impropriedades na movimentação financeira da campanha de Bolsonaro, “por descumprimento de obrigações de natureza eleitoral”, mas que não comprometem a regularidades da prestação.

A campanha de Bolsonaro arrecadou R$ 4.390.140,36 e gastou R$ 2.456.215,03. As irregularidades identificadas pela assessoria do TSE referem-se a R$ 113.275,00, o que representa 2,58% da arrecadação. Na parte de despesas, as impropriedades referem-se a R$ 58.333,32, o que corresponde a 1,33% do total gasto.

O relator no TSE é o ministro Luís Roberto Barroso.