O Ministério da Saúde prorrogou em 12 dias, de 25 de novembro para 7 de dezembro, o prazo de inscrição de profissionais brasileiros e estrangeiros com registro no Brasil que queiram participar da nova seleção do Programa Mais Médicos.
Segundo a pasta, a medida decorre da instabilidade no site do programa causada por ataques cibernéticos, que foram identificadas desde o primeiro dia de inscrição.
A prorrogação já havia sido anunciada mais cedo pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, em Petrolina, Pernambuco. Com a mudança, o prazo para apresentação dos médicos nos municípios para a homologação do contrato também fica estendido. Agora, os inscritos terão até o dia 14 de dezembro para entregar a documentação no município escolhido e iniciar o trabalho.
Além disso, o governo adiantou a data prevista para início da apresentação dos médicos já inscritos no programa. Os médicos poderão se apresentar a partir de amanhã.
Sobre a instabilidade do site, o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS) informou que está atuando para melhorar o sistema de inscrições. “O setor já identificou a maior parcela dos robôs e máquinas programadas que estão promovendo os ataques à página do Mais Médicos”, explica nota divulgada pela pasta.
Balanço das inscrições
De acordo com o Ministério da Saúde, até as 17h desta quinta-feira, segundo dia de inscrições, o número de candidatos ao programa com registro em Conselho Regional de Medicina (CRM) brasileiro chegou a 11.429. Desse total, 5.212 profissionais efetivaram a inscrição e 3.648 médicos já selecionaram o município de atuação. Os profissionais podem se inscrever no site do programa.
O edital do programa, publicado na última terça-feira, oferece 8.517 vagas para trabalhar em 2.824 municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas. Essas vagas eram ocupadas por médicos cubanos, que começaram a deixar o país.
Os profissionais do Mais Médicos recebem uma bolsa-formação no valor de R$ 11,8 mil e uma ajuda de custo inicial de R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento para o município onde vão trabalhar. Os profissionais também recebem moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras dos locais onde atendem.