Black Friday vai ter lojas com horário ampliado em Porto Alegre

Comércio deve oferecer descontos de até 50%

Terceira data em importância do calendário de vendas do comércio lojista gaúcho, atrás do Natal e do Dia das Mães, a promoção Black Friday chega com descontos de até 50% e lojas físicas abertas em horário de atendimento ampliado nesta sexta-feira em Porto Alegre. Elas seguem sendo as mais procuradas, em comparação às virtuais (sites) devido, por exemplo, a entrega imediata do produto. A Black Friday de 2018 prevê descontos, na Capital, em áreas como imobiliária, veículos, confecções, supermercados e gastronomia, por exemplo.

Em Porto Alegre, o comércio pode funcionar até às 23h59min, informou o Sindilojas. “Colaboradores que estenderem as suas jornadas nesta data e fizerem jus ao pagamento de horas extraordinárias, terão elas pagas e calculadas com o adicional de 100%”, explica nota do sindicato. Se não houver transporte público disponível até a meia noite, cabe ao lojista fornecer transporte próprio ao deslocamento do local de trabalho até a residência do empregado escalado até esse horário.

A rede Americanas abre 24 horas nesta sexta, disse o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse. A expectativa geral de negócios na Capital, segundo ele, é de um aumento de 15% nas vendas em relação à Black Friday de 2017. No Estado a alta tende a ser menor, ficando entre 7% a 8% na estimativa do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Vitor Koch.

Na prática, o comércio precipitou a data da Black Friday oferecendo preços mais sedutores desde a segunda-feira desta semana. Em vez de ser em um único dia, o evento comercial passou a acontecer ao longo de toda a semana. Conforme pesquisa feita pelo Sindilojas, 27% do varejo vai dar descontos de até 50%, 30% oferecerão até 40%, e 10% concederão até 30%.

O mesmo levantamento mostra que a maior procura dos consumidores é por artigos do vestuário (35%), seguida por calçados (30%), eletroeletrônicos (25%) e linha cama mesa e banho (10%). Segundo Kruse, as lojas físicas são mais procuradas porque o sistema de entrega do produtos e de troca, se houver problema, ainda não está desenvolvido plenamente entre as lojas online.

Na avaliação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, de Porto Alegre, Alcides Debus, a Black Friday deve ter crescimento de “dois dígitos” nas vendas, sobre as efetivadas no ano passado. A maioria dos consumidores, segundo ele, pesquisa produtos e preços na internet, mas fecha a compra direto na loja física escolhida, seja de rua ou de shopping.

Proteger o Natal

Em 2012, recorda o presidente da FCDL, a Black Friday no Brasil vendeu 138% acima dos negócios de 2011. A data se estabeleceu e os índices caíram. Neste ano, considera Kruse, os lojistas diminuíram a agressividade da promoção. “Há um reposicionamento nos descontos porque a Black Friday começava a esvaziar o Natal, muitos aproveitavam para comprar o Natal na Black Friday”, explica.

Desde 24 de setembro o Procon Porto Alegre pesquisa e acompanha preços em sites de lojas. A variação em várias datas pode ser conferida na internet. Amanhã, equipes percorrerão lojas e farão verificações no comércio online. Ofertas não cumpridas podem gerar notificação, autuação ou multa, que varia de R$ 800 a R$ 8 milhões, adverte a diretora executiva do Procon da Capital, Fernanda Borges.

A diretora recomenda que os consumidores não adquiram produtos sem antes conhecer como é a política de troca de produtos, no pós venda. O Procon RS sugere a busca de informações sobre os sites de venda, nas páginas da internet do Sindec Nacional ou consumidor.gov; evitar clicar em anúncios vindos por e-mail ou redes sociais; e exigir sempre a nota fiscal. Denúncias podem ser encaminhadas nos sites dos dois Procons.