O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB), participou da reunião-almoço Tá na Mesa, promovida pela Federasul, nesta quarta-feira. Esta é a primeira vez que um chefe do executivo em fim de mandato é convidado pela entidade para fazer um balanço da gestão.
Antes da palestra, o governador participou de uma coletiva de imprensa e foi questionado sobre alguns assuntos das últimas semanas, como a grave crise na área da saúde. Nesta semana, hospitais de Canoas e Sapucaia do Sul atendem apenas casos de urgência e emergência após ter implementado medidas de contingenciamento em função da falta de repasses de recursos financeiros por parte do governo do Estado.
Sartori disse que essas medidas tomadas pelas prefeituras e direções dos hospitais são problemas de natureza política. Ele ressaltou ainda, que o Estado está fazendo a parte que lhe cabe para diminuir o rombo financeiro. “Nós fizemos tudo o que era possível desde o começo do governo. Nós recebemos o governo com a perspectiva de ter R$ 25,5 bi de déficit ao final deste ano. Nós vamos entregar o Estado com déficit de R$ 8 bilhões”, afirmou.
O chefe do executivo estadual foi questionado, também, sobre a fala do futuro governador Eduardo Leite, que disse que o pré-acordo do Regime de Recuperação Fiscal é apenas um protocolo de intenções. Sartori disse que são essas intenções que garantem a liminar na justiça para que o Estado continue não pagando a dívida com a União.
Sobre o Projeto de Lei (PL) que trata da continuidade da majoração das alíquotas do ICMS, que tramita na Assembleia Legislativa a pedido de Leite, Sartori foi perguntado qual seria a orientação dele aos deputados estaduais. “Conselho se dá de pai para filho, não para gente grande”, ironizou.
Antes da palestra aos empresários, Sartori foi homenageado pela presidente da Federasul, Simone Leite. Ele recebeu uma placa de agradecimento pelos serviços prestados.