Anunciados futuros comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica

Questionado sobre eventual prorrogação da intervenção federal do Exército na segurança pública do Rio, futuro ministro da Defesa descartou a possibilidade

Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil

O general de Exército Fernando Azevedo e Silva, que vai assumir o Ministério da Defesa no governo de Jair Bolsonaro, confirmou hoje os nomes dos próximos comandantes do Exército, Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os três oficiais cuja patente é o equivalente a general quatro estrelas fazem parte do alto-comando das Forças Armadas. Para o comando da Marinha, Silva indicou o almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior, atual chefe do Estado Maior da Armada (EMA), o segundo posto na hierarquia da Força.

O Exército vai ser comandado pelo general Edson Leal Pujol, também o substituto natural do atual comandante por ordem de antiguidade. Para assumir o comando, Pujol vai deixar o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, em Brasília.

Já a Aeronáutica vai ser comandada pelo tenente-brigadeiro-do-ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, que deixa o comando-geral de pessoal da Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo o futuro ministro, a prioridade da pasta deve ser manter os atuais projetos e apoiar as três Forças Armadas “o máximo possível”. Ele disse que a transição no Ministério da Defesa deve começar em dezembro.

Intervenção no Rio
Questionado sobre a eventual prorrogação da intervenção federal do Exército na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, o futuro ministro da Defesa descartou a possibilidade. “O que está alinhado é a intervenção durar até 31 de dezembro. É o que está regulamentado”.

Azevedo e Silva ressaltou, no entanto, que o Exército pode atuar no Rio de Janeiro mediante a aplicação do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), editado pelo presidente da República, mas que não caracteriza estado de intervenção federal.

De acordo com o general, a atuação das Forças Armadas na segurança pública deve ser “eventual”. “Esporadicamente, eventual, como uma urgência”, disse.