Incêndio deixa 17 feridos na zona Norte, incluindo mulher que se jogou de prédio

Vítima sofreu uma fratura pélvica e é atendida no Hospital Cristo Redentor. Fogo ocorreu no bairro Jardim Leopoldina

Foto: Laura Gross

Uma mulher se jogou do terceiro andar de um prédio para se salvar em meio a um incêndio registrado, na tarde de hoje, em um edifício residencial localizado na zona Norte de Porto Alegre. Conforme o Corpo de Bombeiros, as chamas foram registradas no apartamento abaixo do dela, situado no segundo andar. O condomínio fica na avenida Juscelino Kubitschek, no bairro Jardim Leopoldina. Ao todo, quatro residências foram atingidas pelas chamas, uma delas com perda total.

A vítima, identificada como Carine da Silva Malé Baguinara, de 22 anos, que sofreu fratura pélvica, é atendida em estado grave no Hospital Cristo Redentor. De acordo com a equipe médica, ela corre risco de paralisia corporal, já que não consegue se movimentar da cintura para baixo. Ela está lúcida e não precisa de ajuda de aparelhos para respirar. Uma vizinha relatou à reportagem que os moradores chegaram a colocar um colchão na parte externa do prédio, mas que parte do corpo da vítima, ainda assim, bateu direto contra o solo.

Além da jovem, 16 pessoas – sete moradores e nove bombeiros – inalaram fumaça e foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar (UPA). O estado de saúde delas era considerado estável no fim da tarde. Pelo menos quatro caminhões dos bombeiros foram deslocados para atender a ocorrência.

As causas do incêndio ainda não se esclareceram. A suspeita é de que as chamas tenham começado na cozinha do apartamento. No local, havia ainda duas crianças, de 9 e 5 anos, salvas pelo irmão mais velho, de 17. O adolescente também recorda que um fio de carregador de celular pode ter provocado um curto-circuito em um dos quartos.

Os bombeiros controlaram o fogo no fim da tarde, mas decidiram interditar o prédio, já que a estrutura pode ter sido comprometida. A área, com isso, fica isolada por tempo indeterminada. Moradores foram autorizados a retirar apenas pertences urgentes.

A Defesa Civil também adverte que em meio aos blocos, os próprios moradores construíram estacionamentos e reservas de gás que dificultaram no atendimento a ocorrência.