Os animais registrados em suas associações de raça tem maiores benefícios na hora de contar com recursos indenizatórios no caso de possibilidade de abate devido a enfermidades como um diagnóstico positivo de tuberculose, conforme estabelecido por lei. No caso, por exemplo, de exemplares Puros de Origem (PO), o restabelecimento pode chegar a 100% do valor do animal, enquanto os não registrados, este repasse é de apenas 60%.
De acordo com o superintendente Técnico da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), José Luiz Rigon, o criador precisa estar ciente no controle sanitário do seu rebanho. “Podemos ter boa genética e manejo, mas qualquer problema sanitário o criador perde tudo. O produtor precisa entender que o registro genealógico é fundamental por causa do valor econômico que agrega aos animais. Hoje temos ferramentas que podem beneficiar os produtores, na parte genética e zootécnica”, destaca.
Atualmente, no Rio Grande do Sul, estes valores são pagos pelo Fundo Estadual de Defesa Sanitária (Fundesa) e pelo Ministério da Agricultura. Rigon observa também que o produtor que não tem o gerenciamento de sua propriedade e que não faz o registro genealógico terá mais dificuldades para se realinhar após eventuais perdas devido a estas enfermidades. “Nada dá leite se o criador não fizer este trabalho de forma a ter o benefício”, ressalta.