A 64ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre registrou um acréscimo de 9% no total de vendas na comparação com a edição passada. Os dados finais referentes ao evento, que ocorreu entre 1º e 18 de novembro, foram divulgados hoje, em coletiva de imprensa, pela Câmara Riograndense do Livro (CRL). Em números absolutos foram vendidos 237.710 exemplares, 19.067 a mais do que os 218.643 comercializados em 2017.
Para Isatir Antonio Bottin Filho, presidente da Câmara, o evento foi produtivo e contou com mais de 1,2 milhão de visitantes. Filho também registrou o sucesso de palestras e sessões de autógrafos, que reuniram mais de 24.548 espectadores e centenas de mediadores. Também foram recebidas 363 turmas escolares vindas de 18 municípios gaúchos, superando os índices do ano passado, quando muitas instituições estavam em greve.
“A feira, nesse ano, foi feminina”, prosseguiu Jussara Rodrigues, coordenadora da programação para o público adulto, detalhando a grande procura por obras de temática feminista, sobre gênero e empoderamento. Além disso, também ressaltou que títulos com abordagens históricas estiveram entre os campeões de vendas: “as pessoas, talvez pelo momento político do país, estão muito interessadas em entender o que é fascismo, socialismo”, ponderou.
Mudanças estruturais também foram sentidas nesta edição da Feira. Alguns setores foram transferidos da praça para espaços fechados, como no Clube do Comércio. Entretanto, a organização garante que não houve diminuição do tamanho do evento no comparativo com 2017: foram montados 135 estantes em um total de 9 mil metros quadrados.
O público oscilou, novamente, dentro da média dos anos anteriores: os 1,2 milhão de visitantes se dividiram em aproximadamente 70 mil pessoas por dia. A CRL ainda aponta o número de acessos no site da Feira, que chegou a 239.768 visualizações no período. O custo do evento foi de R$ 2 milhões, aproximadamente, uma economia de 20% em relação a 2017.
