A Polícia Civil prendeu três suspeitos de participarem da execução de Gabriel Vilas Boas Minossi, de 19 anos, dentro do Hospital Centenário, em São Leopoldo, no último dia 9. As prisões aconteceram na manhã desta sexta-feira.
Conforme as câmeras de monitoramento, ao menos cinco criminosos chegaram na unidade de saúde por volta das 4h da madrugada. Um deles aguardou no carro, os outros quatro foram até a ala cirúrgica e mataram Minossi com 20 tiros. Eles confundiram o jovem com Alex Junior Abreu Tubiana, que era o alvo.
Minossi estava no hospital desde o dia 1º, quando sofreu um acidente de moto na BR 116, entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. De acordo com o pai do jovem, Marcelo Minossi, o filho fazia manutenção de motos para a Ambev e estava retornando de um serviço em Campo Bom, quando se acidentou. Ele quebrou os dois fêmurs.
Tubiana chegou a ficar no mesmo quarto da vítima, mas foi transferido por motivos de segurança. De acordo com as investigações, a polícia há identificou o possível mandante da execução. O suspeito teve um suposto desentendimento com o homem dentro da Penitenciária Modulada de Charqueadas, onde ambos cumpriam pena.
Tubiana era egresso do sistema prisional. Condenado a mais de dez anos de prisão por homicídio qualificado, ele cumpriu parte da pena em regime fechado. Após progredir para o regime semiaberto, ele deixou o sistema prisional em 16 de outubro devido à falta de vagas no regime semiaberto. No dia 02 de novembro, porém, não se apresentou à Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) para colocar a tornozeleira eletrônica. Com isso, passou à condição de foragido da Justiça.
Ele ainda sofreu emboscada no dia 7 de novembro em uma oficina mecânica na vila Brás, e matou um dos desafetos. Isso, conforme a polícia, também pode explicar a tentativa de revanche dentro do hospital. Foi justamente em decorrência dos ferimentos desse confronto que Alex foi encaminhado ao Hospital Centenário, onde Gabriel morreu no lugar dele, no dia 9 de novembro.
Tubiana deixou a casa de saúde, de maneira voluntária, também no último dia 9. O Centenário salientou que é constitucional o direito do paciente de optar pela interrupção do tratamento. Além de comunicar os órgãos de segurança sobre a saída dele, o hospital informou que, por medida de precaução, solicitou a permanência, por mais 24 horas, de um efetivo da Brigada Militar na casa de saúde.