O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, felicitou a indicação do economista Roberto Campos Neto para suceder-lhe no cargo a partir do ano que vem. Em nota oficial, Goldfajn informou que o afastamento do cargo se deu por motivos pessoais e confirmou que vai seguir à frente da autoridade monetária até que o Senado aprove o nome do sucessor, o que deve levar alguns meses.
No comunicado, Goldfajn qualificou o futuro presidente do BC de “profissional experiente e reconhecido, com ampla visão sobre o sistema financeiro e a economia nacional e internacional”. O atual presidente do BC afirmou que Campos Neto pode contar com o apoio e a confiança dele no futuro trabalho de comando da autoridade monetária.
Goldfajn elogiou as sinalizações recentes da equipe de transição. De acordo com a nota oficial, a atual Diretoria Colegiada do Banco Central, composta por membros do setor privado e servidores de carreira, vai permanecer à disposição do futuro presidente do BC para contribuir com a “continuidade e a normalidade” da transição.
Ilan Goldfajn manifestou apoio ao projeto de autonomia do BC e informou que vai seguir trabalhando com os parlamentares para aprovar o texto ainda em 2018. De acordo com ele, a eventual aprovação da lei, com mandatos fixos e intercalados do presidente e dos diretores do BC a partir da próxima diretoria, permite um futuro em que as transições do Banco Central e do governo federal ocorram em momentos diferentes. Segundo ele, a diferenciação dos mandatos vai trazer benefícios para a economia.