Presidente cubano defende trabalho de médicos no Brasil

"Atitudes com tal dimensão humana devem ser respeitadas e defendidas. #SomosCuba'", tuitou Díaz-Canel

Foto: Agência EFE/Alejandro Ernesto/Direitos Reservados

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, classificou de digno, profissional e altruísta o trabalho desenvolvido por profissionais cubanos no Programa Mais Médicos, no Brasil. As autoridades cubanas anunciaram hoje a saída dos profissionais do programa.

Em mensagem publicada no Twitter (@DiazCanelB), o presidente cubano pediu respeito e defendeu os serviços dos especialistas no Brasil, após questionamento do presidente eleito Jair Bolsonaro.

‘#Mais Médicos Com dignidade, profunda sensibilidade, profissionalismo, entrega e altruísmo, os colaboradores cubanos prestaram um valioso serviço ao povo do #Brasil. Atitudes com tal dimensão humana devem ser respeitadas e defendidas. #SomosCuba’, tuitou Díaz-Canel.

O Ministério de Saúde Pública de Cuba anunciou, nesta quarta-feira, que não vai continuar no Programa Más Médicos, ante os condicionamentos expostos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

Em nota, o ministério explicou que a saída do programa já foi comunicada à diretoria da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e aos líderes políticos brasileiros que idealizaram o Mais Médicos.

No comunicado, o ministério lembra que Bolsonaro questionou também a preparação dos profissionais cubanos e condicionou a permanência deles no programa à revalidação do diploma e apenas por meio de contratação individual.

O Ministério de Saúde Pública reiterou o compromisso de Cuba com os princípios solidários e humanistas que, durante 55 anos, nortearam a cooperação médica cubana.

De acordo com a pasta, a iniciativa da então presidente Dilma Rousseff, da qual Cuba participa desde 2013, tinha o propósito de assegurar atendimento médico ao maior número possível de brasileiros em conformidade com o princípio de cobertura sanitária universal defendido pela Organização Mundial da Saúde.