O governo estadual e entidades ligadas à Saúde definiram, nesta quarta-feira, que vão trabalhar em conjunto na criação de um convênio que estabeleça um protocolo de ação único para o Rio Grande do Sul. Em encontro no Departamento de Comando e Controle Integrado da Secretaria de Segurança Pública, os secretários da Segurança, Cezar Schirmer, e da Saúde, Francisco Paz, receberam as demandas de dirigentes da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do RS (Fehosul) e da Federação das Santas Casas Santa Casa e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul.
Conforme Schirmer, o gabinete de gestão integrada vai trabalhar com uma câmara temática, composta por diferentes instituições. A ideia é de que, no mês de dezembro, seja assinado um protocolo entre as federações e as secretarias da Saúde e da Segurança. “Envolve segurança orgânica de hospitais, com a utilização de câmeras de monitoramento e espelhamento na central da Secretaria de Segurança”, disse. Há ainda a possibilidade de melhorar o setor de inteligência e criar um botão de pânico, com linha direta com a SSP.
O secretário admitiu que o assassinato de Gabriel Vilas Boas Minossi, de 19 anos, morto por engano na ala cirúrgica do Hospital Centenário, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, foi o estopim para a reunião. Schirmer, no entanto, lembrou que o problema não é recente. “Já tivemos outros problemas em outros hospitais no Rio Grande do Sul. Se nós deixarmos como está, isso vai continuar ocorrendo”, alertou.
Esse foi o segundo assassinato registrado no Centenário desde 2014. Segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, foram 11 assassinatos, em cinco anos, em hospitais gaúchos.