Acusado de matar e concretar corpo da mãe vai a júri popular em Porto Alegre

Réu vai responder por homicídio duplamente qualificado e pelos crimes conexos de ocultação de cadáver e posse de arma no interior de residência

Corpo de idosa foi encontrado concretado | Foto: Divulgação Polícia Civil / CP

A Justiça marcou para a próxima segunda-feira o júri popular do publicitário Ricardo Jardim, de 59 anos, acusado de matar a mãe, Vilma, então aos 74, e concretar o corpo dentro de um armário, feito sob medida, em Porto Alegre. Os crimes ocorreram, presumidamente, entre abril e maio de 2015, no apartamento onde ambos residiam no bairro Mont’Serrat.

A sessão, que ocorre a partir das 9h30min, vai ser presidida pela juíza Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro, da 1ª Vara do Júri do Foro Central.

O réu vai responder por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e meio cruel), e pelos crimes conexos de ocultação de cadáver e posse de arma no interior de residência.

Ricardo Jardim supostamente confessou o assassinato a uma policial que foi até o local para investigar a denúncia de que ele possuía o armamento. Porém, ao prestar depoimento à Justiça, ficou em silêncio.

O Ministério Público, responsável pela acusação, apontou motivação econômica para o crime, já que o réu passou a usar o dinheiro que a mãe possuía em conta bancária – fruto do seguro de vida do marido falecido.

Júri

Nos júris populares, sete jurados (Conselho de Sentença), escolhidos em sorteio prévio, decidem pela culpa ou inocência dos réus em cada crime. Em caso de condenação, cabe ao juiz estipular o tempo e as condições da pena.

O julgamento vai começar com o eventual depoimento de testemunhas e, depois, do acusado. A seguir, na fase de debates, acusação e defesa, nessa ordem, terão hora e meia para argumentar. Caso desejem, terão ainda mais hora de réplica e tréplica. Os tempos poderão ser maiores em julgamentos com mais de um réu.