Embora tenham apresentado queda de 10% no volume em relação a setembro, as exportações totais de carne bovina (in natura e processada) em outubro foram o terceiro melhor resultado da história e cresceram 12% em relação ao mesmo mês de 2017, demonstrando que o mercado externo (a China) continua muito receptivo ao produto brasileiro. Em volume elas atingiram a 161.517 toneladas, contra 143.916 toneladas em 2017, perdendo somente para a movimentação obtida em agosto e setembro últimos.
Em receita, o resultado de outubro foi de US$ 619,5 milhões, contra US$ 599,5 milhões no mesmo mês do ano passado, aumento de 3%. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX.
Este resultado está em linha com a previsão da ABRAFRIGO de um crescimento de 10% para as exportações neste ano. No acumulado até outubro, a movimentação atingiu 1.328.035 toneladas, com crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado quando alcançaram 1.208.668 toneladas. Nas receitas, o total obtido em 2018 chegou a US$ 5,34 bilhões contra US$ 4,92 bilhões em 2017, crescimento de 8%. Vale lembrar que se espera, a partir de novembro, o reinício das vendas para o mercado russo, fechado desde dezembro de 2017, e que no ano passado já havia adquirido 131 mil toneladas do produto brasileiro, o que representou mais de 10% das exportações brasileiras na época.
A China continua sendo o maior mercado para a carne bovina brasileira com compras, até
outubro, de 585.263 toneladas, através da cidade estado de Hong Kong e do continente. Em 2017, até o mês passado, eram 448.721 toneladas, o que elevou a participação chinesa nas exportações de 37,1% para 44,1%. Em segundo lugar veio o Egito, com importações de 147.894 toneladas (+ 19,5%) e em terceiro o Chile, com 92.402 toneladas (+92%). Entre os 20 principais destinos do produto brasileiro, destacaram-se ainda em crescimento em 2018, o Uruguai, com aumento de 276% nas aquisições; Filipinas (+111%); Jordânia (+44%); Argélia (+38,9%); Líbano (+32,7%) e Emirados Árabes (+24,9%).