CNJ quer explicações de juiz e desembargadores sobre habeas corpus de Lula

Todos já apresentaram as versões sobre o episódio, mas agora terão de responder a perguntas da Corregedoria do CNJ

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, vai ouvir no próximo dia 6 de dezembro o juiz federal e os três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) envolvidos na concessão e posterior revogação do habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em julho.

O episódio gerou uma série de decisões contrárias em horas, ao provocar incertezas sobre a soltura do ex-presidente. Serão ouvidos, em audiências separadas e no mesmo dia, o juiz federal Sérgio Moro e os desembargadores Rogério Favreto, João Pedro Gebran Neto e Thompson Flores Lenz.

As representações recebidas pelo CNJ contra os magistrados foram apensadas em um único Pedido de Providências. Todos já apresentaram as versões sobre o episódio, mas agora terão de responder a perguntas da Corregedoria do CNJ. O juiz federal Sergio Moro também teve de se explicar. O caso está em segredo de Justiça.

Fraveto, em julho, sob o argumento de ter como fato novo, a pré-candidatura de Lula à Presidência da República, concedeu o habeas corpus – soltar o ex-presidente, detido em Curitiba desde abril.

Porém, o juiz Sergio Moro deu uma decisão para a Polícia Federal não libertar o ex-presidente até uma definição do TRF-4.

Gebran, relator da Lava Jato no Tribunal, determinou o não cumprimento da decisão.

Após idas e vindas, o presidente do TRF-4, Thompson Flores, manteve a prisão do ex-presidente. O fato provocou vários questionamentos no CNJ envolvendo, sobretudo, Favreto e Moro.