Sobre morte em hospital, Simers diz que “não há condições de salvar vidas com o quadro de violência”

Levantamento da entidade aponta que já são 11 mortes por execução dentro de hospitais gaúchos desde 2014

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) divulgou uma nota nesta manhã sobre a morte de Gabriel Vilas Boas Minossi, dentro do Hospital Centenário. O jovem, de 19 anos, foi executado ao ser confundido com outra pessoa.

Em nota, a entidade afirma que “não há condições de atender e salvar vidas com este quadro de violência”. O levantamento do Simers aponta que já são 11 mortes por execução dentro de hospitais gaúchos desde 2014. Este ano foram duas, sendo a primeira em março no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.

“Lamentamos pela perda de mais uma vida e com tanta brutalidade. Está na hora de as autoridades se darem conta de que a segurança de hospitais precisa ser reforçada, o que exige planejamento, principalmente quando há situações em que presos ou suspeitos estão sendo atendidos no local, que parece que foi o caso”, cobrou a presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil.

O Simers mostra que foram 13 casos de violência até agora em 2018 em unidades de saúde do Estado, sendo oito delas em hospitais. Quatro casos envolveram criminosos – entre eles, as mortes e o resgate de presos que estavam internados. Desde 2014, são 98 ocorrências de violência no Rio Grande do Sul em áreas de atendimento de saúde.

A nota segue: “o Simers exige que a área de Segurança Pública junto a prefeituras e direções dos hospitais busquem em conjunto medidas que assegurem as condições de trabalho e atendimento. O Sindicato Médico defende desde uso de detectores de metais até câmeras de vídeo para inibir estas ações”.