Quatro homens armados renderam funcionários e invadiram a ala cirúrgica do Hospital Centenário, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, e mataram um paciente, identificado como Gabriel Vilas Boas Minossi, de 19 anos, por volta das 4h desta sexta-feira. A vítima, que estava internada na instituição devido a um acidente de trânsito, foi morta por engano.
Os criminosos estariam no local para executar um homem que foi internado na quarta-feira, ferido por disparo de arma de fogo, mas que não estava mais na ala cirúrgica. O Hospital Centenário solicitou apoio da Brigada Militar (BM), ontem, após o advogado do paciente relatar que ele estaria sofrendo ameaças.
De acordo com Odilei Betanin, Chefe de investigação da delegacia de homicídios de São Leopoldo, os suspeitos do crime são os mesmos que dispararam contra o alvo anteriormente. “O trabalho inicial já foi feito no local do crime, a perícia. Estamos ouvindo as testemunhas, olhando as imagens. Vimos que o carro em que eles chegaram é um New Fiesta Sedan. Temos alguma direção na investigação, acreditamos que eles sejam os mesmos que tentaram matar ele antes. Temos suspeitos, mas não provas, eles estavam encapuzados”.
Segundo o pai da vítima, Marcelo Minossi, a irmã dele estava no quarto e presenciou a execução, “minha irmã viu tudo, me ligou apavorada. Era uma tragédia anunciada, os funcionários estavam com medo do que pudesse acontecer, isso já aconteceu anos atrás. As enfermeiras não queriam atender ele [o alvo] na ala cirúrgica, então trocaram ele de lugar. Eles feriram mais um senhor que estava na maca do lado, operado, e a cuidadora que estava com ele, com um tiro no pé. Minha irmã disse que eles descarregaram a arma no guri, sem dó nem piedade, sem querer saber quem estava ali”, comenta.
A assessoria de imprensa do hospital informa que, apesar da ocorrência, o atendimento ao público segue normalmente hoje.