A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre emitiu nota, na tarde de hoje, alertando a população sobre mensagens que passaram a circular em redes sociais envolvendo a proliferação de escorpiões amarelos na cidade. Conforme a Pasta, não há motivo para pânico em relação ao animal. A Prefeitura garantiu que não há emissão de alerta epidemiológico ou nota informativa à população ou a serviços de saúde sobre situação de risco.
Os órgãos responsáveis advertem, ainda assim, que os casos de presença do escorpião amarelo aumentaram em relação a 2017 (há 80, até agora, contra apenas 15 em todo ano passado). O artrópode não é nativo do Rio Grande do Sul e apareceu pela primeira vez em 2001, sendo considerado, hoje, “domiciliado” na Capital. Na prática, significa que não é possível exterminá-lo.
O escorpião amarelo se alimenta basicamente de baratas e prefere locais úmidos e entulho. Sempre que for visualizado, o ideal é que o animal seja recolhido e encaminhado à Vigilância em Saúde. A captura somente deve ser feita com objeto longo, como pinças, por exempo. Nos casos em que for possível matá-lo, o golpe deve ser dado com objetos rígidos (jamais deve-se pisar no escorpião amarelo sob risco de ataque).
Imediatamente após a descoberta, o morador deve ligar para o telefone 156 da Prefeitura, informando o local da visualização, nome e telefone. A Equipe de Fiscalização efetua um contato preliminar antes da vistoria. Em Porto Alegre, os locais com maior incidência incluem a Lomba do Pinheiro, o bairro Anchieta e ruas do Centro Histórico, como a Senhor dos Passos.
Já os casos de acidentes envolvendo o artrópode diminuíram: em 2016 foram três picadas; em 2017, cinco; e em 2018, um jovem adulto picado pelo animal. Não há registro de mortes em decorrência de picada do escorpião amarelo em cidades gaúchas. Entretanto, vale ressaltar que a picada do escorpião amarelo pode ser fatal, especialmente para crianças e pessoas com peso baixo e pouca imunidade.
O Hospital de Pronto Socorro é a única unidade de saúde da Capital que fornece soro contra a picada do animal. Em caso de acidente, é para lá que a vítima deve ser encaminhada.
Ceasa monitora infestações
Em nota, o governo estadual informou que a Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) mantém controle rigoroso sobre a presença de insetos e animais no complexo.
Nos últimos dias, um vídeo veiculado em rede social mostra a presença do escorpião amarelo em meio a pés de rúcula mas, segundo o texto, a origem do produto é desconhecida, sendo impossível afirmar que tenha sido adquirida de produtores que vendem nos pavilhões.
Além de orientar funcionários e trabalhadores, a instituição contratou uma empresa especializada em serviços de desinsetização.
Saiba mais
Em caso de dúvidas, o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do RS pode ser acessado 24 horas por dia, pelo telefone 0800 721 3000.