MPF diz que Assembleia Legislativa do Rio era uma “propinolândia”

Procuradores da República afirmam que pagamentos mensais a deputados estaduais iam de R$ 20 mil a R$ 900 mil

Foto: MPF/Divulgação

Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) afirmaram nesta quinta-feira que o esquema de pagamento de propinas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que levou hoje à prisão de dez deputados estaduais, movimentou R$ 54,5 milhões e envolvia pagamentos mensais aos parlamentares que iam de R$ 20 mil e chegavam até R$ 900 mil. O MPF qualificou a Alerj como “propinolândia”.

“A relação entre esses deputados foi pautada pela promiscuidade. A Alerj se transformou em uma verdadeira propinolândia”, afirmou Carlos Aguiar, procurador da República envolvido na operação Furna da Onça, realizada por MPF, Receita Federal e Polícia Federal e que cumpre hoje 19 mandados de prisão temporária, três de prisão preventiva e 47 mandados de busca e apreensão.

A ação é um desdobramento da operação Cadeia Velha, que prendeu há um ano o então presidente da Alerj, Jorge Picciani, e os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB.